Era uma vez...credo, isso já está muito batido!
Talvez, em uma manhã de sol? Acho que sim, se fizermos algumas adaptações, é claro.
Era uma linda manhã cinza de chuva. Porém, fazia sol no coração de 17.000 pessoas. E no meu também!
Algumas meninas madrugaram, outras não se exaltaram e eu nem cheguei a dormir. Você pode achar isso tudo um exagero mas acredite: cochilar não é dormir.
No entanto, acordei totalmente dispersa e apesar de escutar os pingos de chuva batendo contra a janela, o meu pensamento fazia um barulinho muito mais agradável. Meus neurônios trabalhavam em volta de dois nomes, ou melhor, um nome e um sobrenome. E antes que você diga que os neurônios têm coisas melhores em que pensar, os meus, naquela manhã, agradeciam-me por essa trégua. Eles soavam aliviados por não martelarem "matemática", "vestibular", "atualidades".
Ao abrir os olhos, olhei para o relógio, corri meus olhos para o calendário e, por fim, parei por alguns instantes observando a foto na minha parede. Um pouco mais acima do retrato da minha cachorra, à direita do de meus pais. Não era a fotografia de ninguém da minha família. Com certeza os fotografados nem desconfiam que eu tenha eles no meu quarto, mas eu tenho. E como tenho!
Levantei com o pé direito como de costume e desci para tomar meu café da manhã. Precisava comer alguma coisa por mais que meu estômago não pedisse mais nada além de pães de queijo e, por que não, cohinhas de galinha.
Levantei com o pé direito como de costume e desci para tomar meu café da manhã. Precisava comer alguma coisa por mais que meu estômago não pedisse mais nada além de pães de queijo e, por que não, cohinhas de galinha.
Nem esquentei meu leite, estava com calor emborta fizesse frio lá fora. Me conectei e fiquei atualizando os sites sobre Os irmãos. Não aguentei muito tempo sentada e resolvi me arrumar. Tentei disfarças as olheiras e a vermelhidão do meu rosto, fruto de um dia ensolarado na Alameda Santos, 1123.
Me ahei bonita! Na verdade, a estampa da minha blusa ajudava bastante o meu look.
Esperei...fui obrigada a almoçar. Confesso que comi com vontade já que não comeria mais nada por algumas horas. Evitei tomar o suco, era melhor previnir vontades fisiológicas. Escovei meus dentes, arrumei minha mochila, coloquei meu chaveiro azul nela e posso dizer que, naquele momento, eu começava a viver o sonho mais intensamenete.
No carro mesmo coloquei minha capa de chuva, respondi algumas mensagens e pedi para a minha mãe tirar a "Adiministração" e colocar "Os irmãos"!
Na Azurita, procurei minha fila a qual não estava no estilo INSS. Rejeitei alguns camelôs ambulantes e acatei novas amizades. Ri muito!!!
Não havia almoçado borboletas mas meu estômago já estava cheio delas quando comecei a ultrapassar a faixa Premium. Premium...eu estava vivendo o sonho novamente!
Minhas horas seguintes se resumiriam em uma única palvra: ansiedade. Uma mistura de ansiedade, felicidade e medo, melhor dizendo. Medo do depois.
Até que uma luz incidiu sobre o palco e a primeira atração da noite entrou. Foi bom para desestressar, porém não conteve meus gritos quando um relógio mega personalizado, dourado, gigante e com números romanos, rompeu no telão. E antes que você novamente se pergunte se eu não sou muito "velha" para gritar...não! Temos que viver a vida e não devemos tornarmos velhos antes do tempo. Apenas devemos aproveitar os momentos, sentir o coração pulsar, aquela sensação de emoção nas veias, depois de uns dias, aí sim, voltar à realidade.
Eu vivi. Ah, como vivi! Naquele momento eu me sentia viva, eu estava vivendo. Vivendo um sonho. E para quem ainda infelizmente não sentiu essa sensação, é como se você acreditasse que a vida é eterna, como sentir-se nas nuvens, sobre as nuvens, você perde a noção de espaço, esquece que tem um chão duro sob os seus pés, esquece que o tempo passa, esquece até quem você é. Mas não esquece da vida, na verdade, você agradece à ela. Agradece por pessoas tão boas viverem com você, fala "Obrigada, meu Deus", em silêncio, por poder dividir o tempo de sua existência com aqueles que você não conhece, porém vive.
Foram as duas horas mais insanas da minha vida!
Hoje agradeceria à vida por um Vira-Tempo, aquele colar mágico que te faz voltar para o dia, a hora e o lugar que você quiser. Hoje eu voltaria para o dia seis de novembro, para às dezenove horas e para o Canindé.
Hoje brigo com a saudade que tenta me derrubar há alguns dias, todavia agradeço por ter trocado olhares e ter visto de camarote a dancinha do Kevin em "SOS", ter cantando e gargalhado com o Joe, ter dado tchau para o Big Rob, ter visto o Papa Jonas através do vidro escuro de um Audi, ter passado o dia no Intercontinental, não ter dormido, ter chorado, ter feitos amizades e, claro, ter olhado nos olhos do Nick, ter visto aquelas mãos, aquelas quatro pintinhas no rosto e sua marca de sol de camiseta, pessoalmente e ter, "Obrigada, meu Deus", minha vó e meus pais (me acham várias vezes muito locua!), que me ajudaram a ouvir e a cantar com os Jonas Brothers!
"Living the Dream, baby"
noossa, que texto grande, li até o coxinha de frango :s hihi
ResponderExcluirbonito texto Isa, vc escreve mto bem :D
Eu amo a musica SOS dos jonas :D
Bjoos.
www.laialisafa.blogspot.com